Bancos de leite do Sul de Minas têm estoque abaixo da demanda

Publicado por Tv Minas em 16/01/2019 às 21h54

Fonte: G1

Matéria extraída do G1

 

Posto de coleta de Pouso Alegre atende apenas 40% da demanda. Chegada do inverno é um dos motivos para diminuição.

 

O baixo estoque de leite nos bancos e postos de coleta do Sul de Minas preocupa especialistas de saúde e mães que precisam do reforço na amamentação. Em Pouso Alegre, por exemplo, o volume de leite arrecadado atende apenas 40% da demanda de bebês na região.

 

Os bancos de leite e postos de coleta estão à disposição de mães que têm dificuldade de amamentar ou que não produzem leite suficiente. Por semana, o posto de coleta de Pouso Alegre precisa de cerca de seis litros para amamentar bebê internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal. Mas a falta de doações deixa esse número abaixo do necessário.

 

“Agora no inverno geralmente cai a quantidade de doadoras e necessitamos de muitas. Hoje em dia, a gente consegue atender só 40% dos bebês internados na nossa UTI”, conta a enfermeira Danielle Cristina Zamot.

 

No Sul de Minas, são dois bancos de leite – Varginha e Passos. “Nós recebemos uma média de quatro litros de leite materno por doação. Elas são mais internas do que de doadores externos. Nossa demanda ultimamente é maior. Nossa UTI atualmente é de 20 leitos, então a gente precisava ter mais captação”, explica a enfermeira na unidade de Passos, Alessandra Sarno.

 

O banco de Varginha funciona há 15 anos e também sofre com a falta de doadoras e baixo estoque. O principal motivo apontado pela direção é a chegada do inverno.

 

Em relação aos pontos de coleta, além da unidade em Pouso Alegre, Alfenas tem o serviço. Lavras tinha um banco de leite, que foi fechado há cerca de dois anos.

 

Em Itajubá, um novo banco de leite deve ajudar a atender demandas de cidades próximas. Apesar de estar pronta para funcionamento completo, a unidade, por enquanto, faz apenas serviços de orientação de mães.

 

A previsão é que o novo banco em Itajubá receba as primeiras doações a partir de novembro, em parceria com hospitais. O leite em Itajubá será destinado a bebês da UTI neonatal.

 

“O que está faltando é a parte de convênio, que a gente precisa formalizar e fazer o contrato”, explica a nutricionista do novo banco de leite, Maria Cecília Mendes.

 

Os bancos e postos de coleta estão à disposição de mães que desejam doar o leite. Nas unidades, elas recebem orientação de como coletar e armazenar.

 

A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que a criança seja alimentada exclusivamente com leite materno nos seis primeiros meses de vida.

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