Novo monitor de glicose fica no corpo por meses e te notifica via app

Publicado por Tv Minas em 16/01/2019 às 21h54

O sensor, implantado sob a pele, notifica tanto a hiperglicemia quanto a hipoglicemia – e pode servir como guia para controle da alimentação.

 

Imagine estar trabalhando em um dia comum e receber uma notificação no celular avisando que a sua taxa de açúcar no sangue está muito alta e que deve procurar um médico. Isso será possível nos EUA, agora que o FDA – o órgão regulador que é equivalente à Anvisa por lá – aprovou o sistema de Monitoramento Contínuo de Glicose implantável, que recebeu o nome de Eversense.

 

O Eversense conta com um pequeno sensor, no formato de comprimido, que é implantado sob a pele através de um procedimento simples de cinco minutos. Ele é revestido por uma substância química que reage à glicose e consegue vigiar os seus níveis de açúcar no sangue 24h por dia.

 

Com a ajuda de um transmissor sem fio, ele envia sinais para o aplicativo (disponível para iOS e Android) que irá te notificar sempre que as taxas de açúcar estiverem alarmantes, tanto para mais (hiperglicemia), quanto para menos (hipoglicemia). Além disso, a cada cinco minutos o aplicativo é atualizado com o estado do seu sangue em tempo real, o que pode te servir como guia para controlar a alimentação do dia.

 

O implante hightech, porém, não é o primeiro monitor contínuo de glicose que já existiu. Mas é o primeiro a ser realmente prático. Enquanto os modelos não implantáveis duram cerca de uma semana, sendo que desperdiçam os primeiros dias aprendendo a se calibrar com o organismo, o novo dispositivo dura exatos três meses.

 

O objetivo era que ele fosse aprovado para trabalhar em conjunto com bombas de insulina – assim, além de alertar sobre o nível de glicose, ele também determinaria que a quantidade exata de insulina fosse injetada no corpo a cada momento do dia. Mas essa coordenação o FDA decidiu não liberar.

 

Mesmo depois de ter sido aprovado nos testes de segurança e eficácia, nos quais menos de 1% dos voluntários sofreram efeitos adversos, o Eversense irá participar agora do  chamado de “estudo pós-mercado” – onde serão acompanhado os efeitos nos pacientes que optarem por usar o dispositivo nos EUA. Ainda não há previsão de quando a novidade chegará ao Brasil.

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