Estudantes fazem vasos para ajudar no combate à dengue em Andradas

Publicado por Tv Minas em 16/01/2019 às 21h54

Fonte: G1

Alunos de 3 e 4 anos começaram a aprender como fazer os vasinhos e os agentes de combate ao mosquito transmissor distribuem os ‘aliados’.

 

Para combater a transmissão do vírus da dengue, estudantes de Andradas estão aprendendo a fazer vasinhos que não acumulam água. O objetivo, segundo os agentes de combate ao mosquito Aedes aegypit, é colocar em todas as casas que tem flores. Esta é mais uma medida na luta para acabar com o mosquito.

 

A inspiração surgiu a partir de vasinhos que ficam com a água no fundo, sem contato com o ambiente e que chega até a planta por fios de náilon. A iniciativa foi batizada como “vasinho do bem”, já que em Andradas, entre 2014 e 2015, o número de casos de dengue subiu de 33 para mais de 800.

 

Em uma creche municipal, crianças de 3 e 4 anos aprenderam a fazer os vasinhos. “São para os mosquitos não picarem a gente, porque eu não gosto”, disse a pequena Mikaely Vitória Oliveira, de 3 anos.

 

Segundo a coordenadora da creche, Beatriz Helena de Castro, o bairro tem focos de dengue e por isso o trabalho a partir das crianças é fundamental. “É bom para elas entenderem também a importância de ajudar. Quando falamos, elas entenderam rapidamente e para elas é uma brincadeira, mas nós acreditamos que o brincar é agir, então elas conseguem resolver pequenas situações do cotidiano a partir disso. Aqui tivemos muitos casos e queremos proteger nosso bairro”, relatou.  

 

A aposentada Maria Guiomar Cazarotto já aderiu aos vasinhos em várias plantas. Ela acabou com os pratinhos que acumulam água. Agora, os temperos e as ervas ficam em garrafas pet cortadas ao meio e com um furo na tampa para amarrar o barbante. Lá o mosquito da dengue não entra.

 

“Ao invés da gente regar a planta, a gente coloca a água no vaso e os fios de náilon levam a água para as plantas. O pratinho é substituído pelo recipiente fechado. A planta fica conservada úmida e o mosquito longe”, explicou.

 

Dos 820 casos confirmados em 2015, 70% foram em quatro bairros da cidade, sendo um deles o Horto Florestal. A situação foi tão grave, que o município considerou uma epidemia da doença. “A gente sofreu bastante em 2015. Começamos a implementar várias ações e agora temos este vasinho que é um aliado. Sabemos que ele sozinho não resolve a questão da dengue, né. O mais importante é verificar a casa e eliminar todas as possibilidades”, disse a coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Daniele Cazarotto.

 

E agora, durante as vistorias nas casas, os agentes de combate à dengue entregam para os moradores os vasinhos feitos pelas crianças e também o alerta para cada um fazer a sua parte. “Eu senti na pele. Cada um que colaborar, fizer a sua parte, vai ajudar”, disse a moradora Angela Maria.

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