Argelino é campeão dos 1.500m com tempo que seria ouro até na Olimpíada

Publicado por Tv Minas em 16/01/2019 às 21h54

Fonte: GE

Abdellatif Baka é quase mais de um segundo mais rápido do que americano Matthew Centrowitz, primeiro colocado no Engenhão na disputa entre atletas sem deficiência.

Matéria extraída do GE

 

Se você ainda tem dúvidas de que a Paralimpíada se trata de esporte de alto rendimento, preste atenção nos números a seguir. Na noite deste domingo, no Engenhão, o argelino Abdellatif Baka sagrou-se campeão dos 1.500m da classe T13, para atletas com baixa visão, com o tempo de 3m48s29. Não bastasse a marca ser o novo recorde mundial da distância, seria também suficiente para dar ao africano o ouro da Olimpíada do Rio. O título do evento para atletas sem deficiência foi do americano Matthew Centrowitz, com 3m50s.

 

Para comparar os resultados da Paralimpíada e da Olimpíada, no entanto, é importante fazer uma ressalva. Provas mais longas costumam basear-se muito em estratégia e sofrer variações de acordo com o clima. Na Olimpíada, a disputa dos 1.500m foi extremamente tática, com todos os atletas se poupando para o sprint final. Acabou com um tempo considerado alto - a título de comparação, o recorde mundial olímpico na distância é 3m26s00, pertencente ao marroquino Hicham El Guerrouj.

 

A prova contou com a presença de dois atletas brasileiros. Yeltsin Jacques foi o 11º (3m58s92 - seu melhor no ano), enquanto Julio César Agripino terminou em 12º (4m00s61). Os dois chegaram a liderar. Yeltsin perdeu força na volta final, e Julio acabou tropeçando. Após a disputa, ele se queixou de empurrão que o prejudicou.

 

"Acabei tropeçando na borda por causa do empurrão. Foi um empurrão. Mas estou feliz de ter participado da minha primeira Paralimpíada. Foi uma prova muito forte mesmo", disse Julio César.

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