O Commercial Space Company Lua Express se tornou a primeira organização privada que obteve a aprovação dos EUA para pousar uma nave espacial na Lua. E isso pode acontecer já no próximo ano!

Fundada pelo empresário bilionário Naveen Jain, pelo cientista de computação Barney Pell e pelo futurista espacial Bob Richards, a empresa será a quarta entidade a pisar na Lua, depois das agências espaciais federais norte-americana, chinesa e russa. Outro fato interessante é que se a expedição for bem-sucedida, a Lua Express será a primeira entidade privada a pousar em solos espaciais.

O fato de autorizar, pela primeira vez, um empreendimento comercial a deixar a órbita da Terra tem preocupado órgãos reguladores, já que não há nenhum precedente sobre isso.

Sonda lunar.

Tecnicamente, não há uma regulamentação para que os Estados Unidos permitam expedições similares para outras empresas no futuro. A Lua Express foi concedida como uma exceção única, que busca lançar uma missão comercial para além da Terra. Caso outras empresas apresentem propostas igualmente viáveis, as entidades regulamentadoras terão que analisar o caso. 

A Lua Express recebeu autorização para minerar no espaço antes mesmo de saber qual seria seu destino. “Em novembro de 2015, a Lei de Competitividade de Lançamento Espacial Comercial foi aprovada, que dizia que as empresas privadas estavam autorizadas a habitar o espaço. O projeto de lei facilitou que a Lua Express explorasse o espaço, porém ainda não tinham permissão para viajar para a Lua“, segundo Emily Calandrelli, em entrevista ao Tech Crunch.

O Departamento de Estado dos Estados Unidos, a Agência de Segurança Nacional (NSA) e a Federal Aviation Administration (FAA), entre outros órgãos, estão prontos para receber as informações da Lua Express.

A aprovação da Lua Express dependeu da confirmação de que os EUA poderiam garantir que a missão não irá violar o Tratado do Espaço Exterior. Isso significa que a Lua Express deve ser transparente com o governo durante sua viagem a Lua. Ela também não poderá interferir em outras missões espaciais. “Não empinem sondas sobre pegada de Neil“, brincou Richards.