Empresa russa pretende criar uma estrada de 20 mil quilômetros para ligar as duas cidades. Projeto deve custar mais de 2 trilhões de dólares.

Imagine pegar o carro de Nova York, cruzar os dois extremos do Canadá, curtir o frio congelante do Alasca, percorrer os 10 mil quilômetros de extensão da Rússia, passar pela Bielorrúsia, Polônia, Alemanha, França até chegar, enfim, a Londres. Um rolê e tanto - mas com um bônus gratificante: avistar os mais diversos tipos de paisagens.  

É esse o projeto da rodovia Trans-Eurasian Belt Development, encabeçado pela empresa Russian Railways. Seriam mais de 20 mil quilômetros de estrada e uma viagem com duração de, no mínimo, sete dias ininterruptos.

Claro que não vai ser tão fácil assim. Primeiro pelas dificuldades apresentadas pelo caminho. Alguns trechos do Alasca são cheios de montanhas e sem qualquer estrada. Seria preciso construir do zero mais de 800 quilômetros.

Passando dessa etapa, os engenheiros ainda têm de descobrir o que fazer com os 88 quilômetros que separam o continente norte da Rússia. Existem duas opções: uma ponte ou túnel. Nenhuma delas ainda está descartada.

Ao longo dessa estrada gigantesca, ainda seria preciso construir oleodutos, instalações de abastecimento de água e usinas de energia. A conta final ficará tão grande quanto a ambição da empresa russa: pelo menos 2 trilhões de dólares.