Publicado por Tv Minas em 16/01/2019 às 21h54
Hoje usamos o WhatsApp para todo tipo de atividade. Além de conversar com familiares e conhecidos, também aproveitamos o mensageiro para compartilhar fotos e dar boas risadas em grupos de amigos. Porém, você já imaginou usar o aplicativo para consultar informações de trânsito? Que tal conhecer bandas novas de todos os estilos possíveis? Ou quem sabe se manter atualizado com as piadas mais recentes e que provavelmente estarão circulando nas conversas de todo mundo? Sim, isso é possível desde que você pague uma taxa de R$ 10 por mês.
Parece um absurdo? Pois fique sabendo que não é, e tem gente ganhando muito dinheiro coordenando o conteúdo de grupos no WhatsApp sobre assuntos bem específicos. Em uma matéria do youPIX, Eden Wiedemann conta como descobriu esse submundo que chega a funcionar "melhor" do que muitos serviços específicos.
Submundo
Um ótimo exemplo é o grupo do WhatsApp sobre trânsito, que remonta às técnicas usadas por motoristas e caminhoneiros de décadas passadas para compartilhar informações precisas sobre as vias e suas condições, além de possíveis "enrascadas" policiais. Também há comunidades específicas para falar mal do governo atual, o "Fora PT", onde rolam imagens, notícias e vídeos contra o Partido dos Trabalhadores.
Outro exemplo é o grupo de "bandas sertanejas" em que os membros podem conhecer novas bandas e músicas especialmente selecionadas pela curadoria de conteúdo. E esses são apenas alguns exemplos dos mais de 500 grupos secretos e pagos que o chamado "Galego" – a pessoa por trás de todo esse esquema – gerencia e fatura pessado.
Como funciona?
O tal Galego é o responsável por fazer com que toda essa "máquina" funcione. Ele é o sujeito que controla todos esses grupos, que geralmente possuem um limite de 100 pessoas, e cobra uma taxa de R$ 10 por mês de seus participantes, que podem escolher participar de até quatro comunidades. Com isso, Galego afirma conseguir tirar em torno de R$ 15 mil por mês para a curadoria de conteúdo, contando com a ajuda de apenas mais duas pessoas.
Na reportagem, ele não quis revelar o seu nome para evitar despertar o "olho grande" das pessoas. Mas garantiu que o serviço é rentável e que muitos o procuram para poder fazer parte de alguns desses grupos. Galego leva o seu trabalho realmente muito a sério, contribuindo de verdade para ajudar os participantes das comunidades em cada um de seus fins específicos.