Restos mortais de Hitler confirmam que ele era vegetariano

Publicado por Tv Minas em 16/01/2019 às 21h54

A pesquisa também pretende enterrar de vez as teorias de que o líder nazista teria forjado sua morte e escapado.

 

Dificilmente, com tanta coisa acontecendo no mundo, você já deve ter parado para pensar nos dentes de Adolph Hitler. O líder alemão na Segunda Guerra Mundial certamente tinha características que chamam bem mais a atenção – do seu bigode aos seus planos genocidas.

 

Mas os dentes de Hitler se tornaram protagonistas da história da ciência. Primeiro, porque eles eram especiais – e não de um jeito positivo. Seja por predisposição genética ou por maus hábitos de higiene, ele teve seus dentes originais trocados por uma série de coroas (próteses fixa colada em cima de um pedaço de dente existente) e pontes (a mesma coisa que a coroa, mas feita para substituir e cobrir o espaço de vários dentes). Também corre o boato que, por consequência desse histórico todo, Hitler tinha mau hálito constante.

 

A qualidade duvidosa da dentadura de Hitler acabou se tornando uma vantagem – ao menos para as múltiplas pessoas que tentaram identificar seus restos mortais ao longo da história.

 

Essa foi a primeira vez, porém, que um grupo independente de cientistas teve acesso ao pouco que restou do corpo do ditador alemão.

 

No dia 30 de abril de 1945, enquanto o exército aliado se aproximava, Hitler bateu em retirada para o seu bunker e se suicidou. A versão mais aceita da história coloca que seu corpo foi incinerado – por medo de que seu cadáver fosse maltratado – e, dias depois, quando o local foi invadido pelo Exército Vermelho, o pouco que restou foi levado permanentemente para a Rússia.

 

Desde então, o acesso aos tais restos mortais – que incluem um fragmento de crânio e pedaços dos dentes e do maxilar de Hitler – jamais tinha sido liberado a qualquer grupo sério de pesquisadores. Com essa falta total de verificação, um zilhão de teorias conspiratórias que dão “versões alternativas” à morte do ditador começaram a surgir (algumas diziam até que Hitler, teria escapado para o Brasil, imitando o médico nazista Josef Mengele, que viveu um exílio caipira em terras canarinhas por 20 anos).

 

Esse cenário mudou em março de 2017, quando a FSB (o serviço secreto russo que substituiu a KGB) autorizou um time de patologistas franceses a dar uma olhada nas sobras.

 

A primeira conclusão a que eles chegaram, no artigo publicado no periódico European Journal of Internal Medicine, é que os restos são definitivamente de Hitler. Não foi feita nenhuma análise de DNA. Entra aí a esquisitice da dentadura: os dentes de Hitler eram tão notoriamente ferrados que os cientistas consideram impossível que eles pertençam a outra pessoa.

 

Essa conclusão é baseada em uma radiografia tirada um ano antes da morte do líder nazista, e em anotações da equipe de dentistas que tratou dele – tiradas à força.

 

Os responsáveis por criar as próteses de Hitler foram “gentilmente” convidados pelos soviéticos a dar todos os detalhes que sabiam sobre os dentes do Führer.

 

“Os dentes são autênticos, não há dúvida. Nosso estudo prova que Hitler morreu em 1945”, disse Philippe Charlier, líder do estudo, à AFP, agência francesa de notícias. Mas o estudo chegou a outros resultados ainda mais curiosos que a conclusão histórica.

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