Cinco apps polêmicos que já foram banidos no Brasil

Publicado por Tv Minas em 16/01/2019 às 21h54

Fonte: Techtudo

Lista traz aplicativos como Simsimi e Secret, que se tornaram proibidos devido a casos de bullying.

 

Recentemente, o aplicativo Simsimi foi removido pelos seus próprios desenvolvedores das lojas de apps do Brasil devido a uma polêmica envolvendo palavrões e o público infanto-juvenil. O programa, no entanto, não foi primeiro a ser retirado da App Store ou Play Store devido a reações controversas por parte dos usuários. Por exemplo, o WhatsApp, mensageiro mais usado no Brasil, já teve seu acesso bloqueado em todo território nacional pela Justiça diversas vezes para a realização de investigações criminais.

 

A lista a seguir traz outros aplicativos que foram proibidos ou bloqueados no país. Entre eles estão softwares que garantem o envio de mensagens anônimas e serviços que permitem rastrear o celular do parceiro ou avaliar o desempenho do outro na cama. Relembre os principais casos.

 

 

1. Simsimi

 

 

O Simsimi é o caso mais recente de programa removido das lojas de app do Brasil. No último mês de abril, o app parou de ser oferecido no país por decisão dos próprios desenvolvedores, após notarem uma crescente insatisfação dos usuários em um curto período de tempo. “Isso foi inevitável porque o app Simsimi, ao menos nos últimos dias, teve um significativo impacto social negativo no Brasil”, explicou a equipe responsável pelo aplicativo.

 

O chatbot, conduzido por um personagem carismático, foi acusado de enviar mensagens inapropriadas. Graças à tecnologia de inteligência artificial, o mascote aprendia a partir das respostas das pessoas de maneira a aumentar sua base de dados. Com isso, ameaças, palavrões e conversas de teor sexual tornaram-se constantes na aplicação.

 

Para complicar ainda mais, o chat era popular entre o público infanto-juvenil devido a seu visual lúdico, apesar de ser indicado para maiores de 16 anos. Após essa polêmica, a Simsimi Inc. decidiu tirar seu programa da App Store e Play Store brasileiras até que tomasse controle sobre esse tipo de abuso. No entanto, aqueles que já tinham o app baixado no smarthphone continuam tendo acesso a ele sem problemas.

 

 

2. Secret

 

 

O app Secret permitia que usuários postassem e compartilhassem segredos com amigos de forma anônima, além de curtir e comentar as confissões de terceiros. A ideia parecia promissora até as pessoas começarem a usá-la para revelar informações íntimas de outros (incluindo nomes e fotos) e para publicar mentiras e conteúdos racistas e homofóbicos.

 

Após diversas reclamações, em agosto de 2014, o Tribunal de Justiça do Espírito Santo determinou que as lojas de aplicativo da Apple, Google e Microsoft não oferecessem mais o aplicativo, e que também o removessem dos dispositivos em que já estivesse instalado. No mesmo mês, o software foi oficialmente removido da App Store.

 

Em setembro do mesmo ano, a Justiça brasileira voltou atrás na decisão e liberou novamente a aplicação. A trajetória do Secret, entretanto, não durou muito: em 2015 seu criador, David Byttow, anunciou o encerramento do serviço por não representar mais a visão que tinha quando iniciou a companhia.

 

 

3. Sarahah

 

 

O Sarahah é um app mensagens anônimas que, assim como o Secret, fez grande sucesso após o lançamento. A diferença é que ele permitia que o usuário visse apenas as mensagens de texto enviadas a ele, a não ser que optasse compartilhá-las em redes sociais. Ainda assim, a aplicação se viu em meio a polêmicas por ser usada para a prática de bullying.

 

Em janeiro deste ano, o programa foi removido da App Store pelo próprio desenvolvedor, mas ainda podia ser acessado da Play Store. Atualmente, o software também não está mais disponível na loja do Google e o serviço só pode ser acessado pela versão web.

 

 

4. Lulu

 

 

O polêmico Lulu chegou ao Brasil em 2013 e foi sucesso instantâneo, aparecendo entre os apps mais baixados já nas primeiras semanas de seu lançamento. O aplicativo aceitava o cadastro somente de mulheres. Pelo login do Facebook, era possível visualizar as fotos de seus amigos na rede social e avaliar, anonimamente, o seu desempenho sexual. As usuárias davam notas, atribuíam a hashtags “engraçadinhas” e respondiam a enquetes sobre senso de humor, nível de romantismo, qualidades, defeitos, entre outros aspectos da personalidade do rapaz.

 

Claro que muitos dos homens expostos pelo programa não ficaram satisfeitos com o aplicativo. Assim, em dezembro do mesmo ano, a 6ª Turma do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios determinou que a empresa excluísse imediatamente os dados e imagens de toda e qualquer pessoa que não tivesse manifestado consentimento prévio, específico e informado para figurar no aplicativo Lulu como pessoa a ser avaliada.

 

Desde então, o programa foi suspenso no país. Lulu foi reformulado em 2015 como uma espécie de app de paquera. Atualmente, no entanto, nem mesmo essa versão pode ser encontrada nas lojas de aplicativo.

 

 

5. Rastreador de Namorados

 

 

Como o nome sugere, o app Rastreador de Namorados permite ao usuário acompanhar os passos do dono do dispositivo em que o app foi instalado. Ao enviar um SMS para o celular rastreado com o texto 1234, o número cadastrado na aplicação recebe a localização do aparelho. Se a mensagem for 4321, a namorada ou namorado tem acesso a informações sobre as ligações feitas e recebidas no smartphone “perseguido”.

 

Em 2013, o programa foi removido da Play Store sob a justificativa de enviar informações sobre o usuário sem o seu conhecimento. Na época, em entrevista ao TechTudo, Danilo Neves Cruz, um dos responsáveis pelo projeto, contestou o motivo alegado para a exclusão. "O aplicativo que está [na Google Play] hoje está totalmente de acordo com a política do Google. Esta justificativa não é verdadeira".

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