Dono de provedora de internet é preso em esquema de receptação ilegal

Publicado por Tv Minas em 16/01/2019 às 21h54

Fonte: G1

Matéria extraída do G1

 

Equipamentos apreendidos na quarta-feira (25) seriam roubados de multinacional e usados transmissão de internet via rádio no Sul de Minas.

 

Polícia Civil divulgou na manhã desta quinta-feira (26) que o dono de uma empresa provedora de internet de Pouso Alegre foi preso suspeito de participação em um esquema de receptação ilegal. A prisão aconteceu após a apreensão nesta quarta-feira (25) de 150 aparelhos que teriam sido roubados de uma multinacional de telefonia celular.

 

Segundo a polícia, os equipamentos eram reconfigurados para a transmissão de internet via rádio no Sul de Minas. O homem preso, que não teve o nome divulgado, é dono da empresa de internet em Pouso Alegre onde a polícia encontrou a maior parte dos equipamentos.

 

Além da cidade, a polícia encontrou materiais em uma empresa de manutenção de telefonia em Cachoeira de Minas e em uma antena de Santa Rita do Sapucaí.

 

“Nós chegamos a ele [o preso] após cumprir um mandado de busca e apreensão em uma torre em Santa Rita. Aguardamos a chegada do técnico. Assim que ele chegou, identificamos qual empresa estava operando o equipamento. Conseguimos identificar o proprietário da empresa e fazer sua prisão em flagrante. Na verdade, ele não estava na empresa e se apresentou ontem à noite responder ao procedimento policial”, explicou o delegado Daniel Leme Amaral.

 

Segundo o delegado, no depoimento, o homem negou conhecer a forma de compra e a procedência do equipamento. “Alegou que a aquisição do equipamento era feita por funcionários e que ele estava sem o controle disso”.

 

 

Mais envolvidos

 

Agora, a polícia tenta localizar mais envolvidos e equipamentos considerados ilegais. “Foi identificado cerca de 300 pontos no estado de Minas Gerais. É uma operação que tem que ser feita a nível estadual. Mas nós vamos continuar investigando a região do Sul de Minas aqui”.

 

Sobre o uso dos aparelhos para comunicação de facções criminosas, o delegado reafirmou que as investigações apontam para o uso dessa prática. “Não há vínculo de facção criminosa com essa empresa de ontem, mas eles estão utilizando equipamentos similares para fazer a comunicação da facção”.

 

Na noite de ontem, a delegacia de Pouso Alegre chegou a divulgar que o valor dos materiais seria de R$ 2 milhões. Mas o valor dos produtos foi reavaliado em R$ 3 milhões.

 

Uma estação simples, homologada na Anatel, custa em média R$ 50 mil para ser montada, mas com o equipamento clandestino, ficava entre R$ 5 e 25 mil.

 

 

Veja também: Polícia investiga receptação ilegal de equipamentos de telefonia em MG​

Compartilhe essa matéria: