Inquérito sobre Geise e Paulo Renato é concluído e enviado ao STF

Publicado por Tv Minas em 16/01/2019 às 21h54

Fonte: G1

Inquérito apura suposto desvio em empréstimos consignados no período de Bernardo no Planejamento.

 

Polícia Federal concluiu nesta semana o inquérito que tem a presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), e o ex-ministro do Planejamento Paulo Bernardo entre os investigados.

 

O relatório foi enviado nesta quarta-feira (14) ao Supremo Tribunal Federal e será analisado pelo ministro Dias Toffoli.

 

Os crimes investigados neste inquérito são corrupção e lavagem de dinheiro.

 

Procurada pelo G1, a assessoria de Gleisi informou que a defesa da senadora não teve acesso ao relatório final do inquérito. "O vazamento ilegal de suposto inquérito, ao qual a defesa não teve acesso, é mais uma violência contra o PT e seus dirigentes", informou em nota.

 

O G1 não localizou a defesa do ex-ministro nesta quinta, mas os advogados dele já se pronunciaram anteriormente sobre o caso, afirmando que Bernardo não teve envolvimento em eventuais irregularidades cometidas no Planejamento.

 

A suspeita da PF é que houve desvio de dinheiro na concessão de empréstimos consignados pelo Ministério do Planejamento no período em que Paulo Bernardo, marido de Gleisi, comandou a pasta (leia detalhes mais abaixo).

 

A Polícia Federal suspeita, ainda, que parte do dinheiro desviado teria abastecido campanhas de Gleisi por meio de caixa 2.

 

 

Relembre o caso

 

Segundo as investigações da 18ª fase da Lava Jato, houve um esquema de corrupção em um contrato firmado entre o Ministério do Planejamento e a empresa Consist Software para gestão de empréstimos consignados.

 

A delação do ex-vereador de São Paulo Alexandre Romano embasou as investigações.

 

A suspeita é que o desvio tenha chegado a R$ 100 milhões.

 

Segundo a PF, o Planejamento direcionou a contratação da Consist para operacionalizar o crédito consignado a funcionários públicos da União.

 

Em 23 de junho de 2016, Paulo Bernardo chegou a ser preso pela PF em razão das suspeitas relacionadas aos empréstimos consignados. Seis dias depois, ele foi solto, negando todas as acusações.

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